Mulher Moderna Edição 452 - 5 de maio de 2008
Solteira e feliz, ana paula arósio afirma que está fechada para relacionamentos e brilha na festa de lançamento de ciranda de pedra, novela da qual é protagonista TEXTO ANA CAROLINA SOARES E THAÍS BOTELHO | |||
quarta-feira, 30 de abril de 2008
ANA PAULA ARÓSIO, capa da revista IstoÉ Gente
Globais de 'Ciranda de Pedra' fazem festa e contam como será a nova novela
Laís Oliveira Do EGO, em São Paulo
Núcleo central: Daniel Dantas, Ana Paula Arósio, Marcello Antony e Tammy di Calafiori
A novela “ Ciranda de Pedra ” estréia dia 5, mas já está em clima de festa. A equipe da nova trama das 18h se reuniu na noite deste domingo, 27, num restaurante em São Paulo para contar por que ela será um sucesso, fato explicado pela história envolvente e elenco de peso.
Lygia Fagundes Telles é autora do livro que inspirou a novela
A trama, de Alcides Nogueira, é passada numa São Paulo antiga, em 1958. Em anos de tradições invioláveis, Laura ( Ana Paula Arósio ) trai seu marido Natércio ( Daniel Dantas ) com o médico Daniel ( Marcello Antony ), com quem tem uma filha, Virgínia (a novata Tammy di Calafiori ). Paralela à história central, casos de amor, amizades, sonhos e desilusões, baseados no livro de Lygia Fagundes Telles.
"Eu dei meu livro ao Alcides e disse: se vire. E ele fez isso extraordinariamente. Esta é a forma de o meu livro permanecer através da imagem", elogiou a escritora.
Mãe e filha: Ana Paula Arósio e Tammy di Calafiori prometem cenas de muita emoção
Ana Paula Arósio foi a escolhida para representar a forte Laura, uma mulher doente que desafia as normas da sociedade. "Quando me deu os seis primeiros capítulos para eu ver, Alcides já sabia que eu iria aceitar fazer a Laura", contou a atriz.
"Fiquei envaidecida por terem acreditado na minha capacidade de fazer uma personagem complexa como ela, que tem um distúrbio emocional e usa toda sua força para tentar esconder isso", disse Ana Paula, que revelou que gosta dos personagens de época justamente por serem mais densos do que os contemporâneos.
Muito mais que médico
"Adoro novela de época, estava sentido falta", contou Marcello Antony, que interpreta o médico Daniel. "Ele se apaixona pela paciente, a Laura, que tem distúrbios emocionais psíquicos. Ela é sufocada pelo marido, o que potencializa sua doença, e Daniel entra como o oxigênio dela. Eles têm uma filha, Virgínia, e uma relação médico-paciente complexa, porque além de amor ela precisa de cuidados médicos para não morrer".
Como não podia deixar de ser, o marido traído é o vilão da história, um homem autoritário e perverso. "Ele é um cara que tem duas paixões - Laura e o poder - e muitas certezas. Tenta lidar com as coisas do coração como faz com as do poder. As pessoas assim cometem atos terríveis, porque acham que sabem das coisas", disse Daniel Dantas, o Natércio. "Ele é um pouco de vilão que há em mim e em todos nós, o mais malvado que já fiz na minha carreira", comparou.
A filha do amor proibido entre Laura e Daniel é Virgínia, interpretada pela novata Tammy di Calafiori, a aposta da TV Globo. "Estou disposta a fazer o melhor, independentemente de ser um personagem de maior ou menor projeção. Afinal, é meu trabalho, de um jeito ou de outro", disse a atriz que será a protagonista da trama.
Personagem de Paola Oliveira será melhor amiga de Virgínia
"A Virgínia é incrível, estou apaixonada por ela. Ela sabe o que quer, é decidida e determinada", contou a atriz, empolgada por contracenar com seu ídolo, Ana Paula Arósio. "Sempre a admirei muito e agora que a conheci estou achando incrível", revelou.
Amiga sincera
De cabelos curtos e claros, Paola Oliveira é Letícia, amiga de Virgínia e adepta da sinceridade doa a quem doer. "Ela tem um perfil diferente das outras meninas da época, não fica pensando só em namorar. É mais centrada, tem personalidade forte, sincera, e muitos amigos homens. Mas olha, já vi que ela vai acabar se apaixonando e vai se desiludir", adiantou Paola.
Leandra Leal será mocinha em busca de marido rico
Além de mudar o visual, a atriz teve que aprender a jogar tênis por causa de sua personagem. "Tive umas dez aulas de tênis, aprendi o básico. E já me acostumei com o cabelo curtinho, aprendi a lidar com ele", contou.
Quem também deu uma repaginada no visual foi Leandra Leal, que está mais magra e mais loira. "Tudo pela personagem, que é totalmente bonequinha dos anos 50, toda vaidosa, com auto-estima para cima. É sonhadora e quer casar com um homem rico", contou a atriz, que vai inventar moda. "Ela usa muito a frase top ‘biscoito fino’ e também fala muito ‘tô arrasando’, ‘tô apavorada’ e ‘isso me favorece’, gírias que vão pegar", dizLeandra.
A professora e suas lições
Cabe a professorinha Margarida impedir que seus alunos tenham vícios de linguagem e se comportem adequadamente. "Estou gostando de fazer uma professora primária. Gosto de crianças, eu me dou bem com elas e acho que isso ajudou", disse Cleo Pires .
Par romântico: Cleo Pires e Bruno Gagliasso prometem cenas de amor na tela
"O engraçado é que eu dei muito trabalho para meus professores. Sou a única pessoa do mundo que repetiu o maternal", disse a atriz. "Eu era uma criança hiperativa, adorava brincar de apostar corrida, fazer trilha e andar de bicicleta".
As características de Margarida conquistam o coração de Eduardo, que se apaixona à primeira vista pela donzela e parte para o flerte. "Estou encantado com ele, meu primeiro mocinho-mocinho", contou Bruno Gagliasso .
"O que me admira é que ele tem atitude, não é daqueles que sofre sentado por ter deixado de fazer alguma coisa. Ele sabe o que quer, tem alma, é bacana. Assim como eu, ele não espera que as coisas aconteçam, faz com que aconteçam", afirmou o ator.
Gagliasso chegou atrasado na festa, mas assim como seus colegas Daniele Suzuki , Caio Blat , Max Fercondini , Claudio Fontana e Mônica Torres, fez questão de marcar presença no evento e assistir ao clipe exibido.
Sphere: Related ContentEça de Queirós: Cenas da vida portuguesa
Para tanto, concebeu o plano de realização das seguintes obras: A Capital!, O milagre do vale de Reriz, A linda Augusta, O rabecaz, O bom Salomão, A casa n.16, O gorjão, Primeira dama, A ilustre família Estarreja, A assembléia da Foz, O conspirador Matias, A história de um grande homem, Os Maias. Podemos reconhecer nessa relação de títulos somente os romances A Capital e Os Maias. Também podemos identificar aí A ilustre casa de Ramires, que teria como primeiro título A ilustre família Estarreja. José Maria, filho do escritor, nota que A história de um grande homem provavelmente tornou-se O conde de Abranhos – notas biográficas por Z. Zagalo. Porém, uma passagem de olhos por sua obra é o suficiente para constatar que os textos que Eça escreveu não correspondem em sua maioria àqueles inicialmente programados. O primeiro romance que publicou, como já observado, foi O crime do padre Amaro, dado à luz primeiramente em 1875, na Revista Ocidental, depois em forma de livro em 1876 e finalmente em 1880, com a revisão definitiva. Em meio à complicada gênese desse texto, escreveu e publicou O primo Basílio (1878). A este se seguiram O mandarim (1880), A relíquia (1887), Os Maias (1888), A correspondência de Fradique Mendes (1890), A ilustre casa de Ramires (1901) e A cidade e as serras (1901), sendo que estes dois últimos não chegaram a ser publicados integralmente em vida. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Retrato peculiar Como se constata, as “Cenas da vida portuguesa” não saíram como tinham sido planejadas. Importa, entretanto, que o essencial do projeto de fato se concretizou. Se tomarmos apenas os romances publicados de Eça, veremos ali um retrato do modo peculiar como a liberalismo político e econômico que caracterizou a monarquia constitucional se estabeleceu em Portugal. A versão definitiva do romance O crime do padre Amaro, de 1880, traz por subtítulo “Cenas da vida devota” e faz o retrato crítico do forte poder que a Igreja ainda tinha em Portugal, demonstrando a distância que existia entre o discurso liberal e anticlerical propalado pela imprensa de Leiria e o efetivo apoio que esta, no decorrer da trama, acaba dando à corrupta dominação do clero. Em O primo Basílio, que tem por subtítulo “Episódio doméstico”, vemos retratada a pequena burguesia lisboeta, com todas as suas veleidades, ora deslumbrada pelo glamour das grandes metrópoles européias, como Paris ou Londres, ao modo de Luíza, ora embebida de um nacionalismo estreito e tacanho, ao modo do Conselheiro Acácio. É uma classe que não tem valores claros, sendo a condição feminina um lugar privilegiado para se constatar sua falta de referências. Daí o fim a um só tempo trágico e melancólico da protagonista Luíza, pois o discurso liberal em torno da condição feminina não tem ali nem entendimento claro, nem lastro na realidade. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Em A cidade e as serras (1901) o foco de sua crítica se estende de Portugal para toda a Europa. Uma das peculiaridades do liberalismo português é o fato de grande parte da elite tradicional e endinheirada portuguesa viver fora de Portugal. Quando retorna, limita-se a cuidar de seus bens, como o faz Jacinto, sem perceber o papel que deveria cumprir no desenvolvimento material da nação. Tanto esta quanto aquela elite já citadina de Os Maias se eximem de qualquer responsabilidade sobre a nação, cuja simbologia nacional as tem por referência, como fi ca demonstrado em A ilustre casa de Ramires. Portanto, quer valorize folcloricamente suas “raízes” como o faz Jacinto, quer considere tudo em Portugal muito provinciano, como o faz Carlos da Maia, a elite portuguesa de base econômica feudal e de pensamento liberal usufrui das vantagens propiciadas por esse lugar ambíguo, discursando como um político liberal e agindo como um monarca absolutista.
Já Os Maias, não por acaso subtitulado “Episódios da vida romântica”, retrata a vida de uma família aristocrática de Portugal, que, apesar da mais velha e da mais nova gerações serem bem formadas nos valores liberais, estes não chegam a se concretizar no âmbito da vida prática, gerando um descompasso entre o que se pensa e o que se faz. A fatalidade presente no incesto entre os irmãos Carlos e Maria Eduarda transforma o que era tragédia, no mundo clássico, em acaso e comportamento cultural, no tempo histórico do romance, demonstrando que o liberalismo serviu, junto às elites portuguesas, para derrubar tabus sem colocar nada no lugar.
Lugar ambíguo
Também A correspondência de Fradique Mendes vem colocar em xeque os valores dessa elite aristocrática portuguesa. Retoma aquele poeta-personagem criado coletivamente na sua juventude e reconstrói o jogo entre ficção e realidade, na medida em que as cartas de Fradique são dirigidas a personalidades reais, como Ramalho Ortigão, Oliveira Martins ou o próprio Eça de Queirós. Nessa obra, o escritor debocha do eurocentrismo em geral e do aristocratismo provinciano dos portugueses. Fradique é, a um só tempo, exemplo e crítico do aristocrata português intelectualizado.
A ilustre casa de Ramires (1901) vem fazer a crítica ao aristocrata rural que, destituído de poder simbólico junto às elites liberais, não deixa de ter poder efetivo em relação ao conjunto da nação, sendo mesmo capaz de revitalizar a empreitada colonial. O princípio de exploração predatória é o que rege esse livro, no qual a própria idéia de nacionalidade portuguesa é colocada em xeque ao ser associada aos valores e à manutenção do poder das classes dirigentes, ferindo a concepção liberal de nação como expressão de valores coletivos e populares.
Mesmo textos como O mandarim e A relíquia, escritos e publicados na década de 1880 e considerados como obras não-realistas e, portanto, fora do projeto das “Cenas da Vida Portuguesa”, podem ser ali inseridos, pois colocam em questão os princípios éticos de uma sociedade fundamentada no livre mercado, na qual o acúmulo de capital e a conquista do bem estar material são valores absolutos em detrimento de valores humanistas.
Com a constante interferência da Igreja nos negócios privados e no Estado, com uma burguesia que não tem valores claros e empreendedores, uma elite letrada provinciana e uma elite econômica de base feudal, descomprometida com a nação, o liberalismo em Portugal se estabeleceu de forma canhestra, sem que gerasse uma mentalidade efetivamente burguesa para sustentar o modelo político e o modelo econômico que caracterizam tal ideologia. É certo, portanto, que as “Cenas da Vida Portuguesa” cumpriram o seu propósito primordial: retratar as peculiaridades do estabelecimento do liberalismo em Portugal.
Estratégias narrativas
Eça foi um grande renovador da língua literária em Portugal e no Brasil. Quando seus primeiros romances surgiram, todos ficaram impressionados com a linguagem empregada: muito semelhante à utilizada no dia-a-dia. Um renomado crítico de Eça, Guerra Da Cal, fez um extenso apanhado em toda a obra do escritor do uso peculiar que faz do português. Sua adjetivação, por exemplo, é muito original, trazendo coisas como: “batendo na barriguinha pedagógicas palmadinhas acariciadoras”, ou “a invasão surda e formigueira do trabalhador chinês”, ou ainda “aquele noturno cérebro de devota”, “erudita nave da biblioteca”, “homem de barbas proféticas” etc. O estilo de Eça, no entanto, varia no decorrer de sua vida. Por exemplo, sua adjetivação é mais abundante no início de sua carreira.
A ironia é outro tópico obrigatório quando se fala em seu estilo. Essa figura de linguagem foi largamente trabalhada pelos seus críticos, em especial por Mário Sacramento. Também a sátira, ao lado da ironia, poderia ser tomada como um procedimento recorrente do escritor, lembrando aqui a distinção entre ironia e sátira que faz André Jolles em seu já “clássico” estudo Formas simples. Este nos adverte que, enquanto a sátira não permite qualquer cumplicidade com o objeto ao qual ataca, não criando ambigüidade sobre a agressão realizada, a ironia parte de tal cumplicidade, dando margem para que a mensagem possa ser entendida literalmente ou em seu sentido contrário.
Há ainda um terceiro procedimento crítico no escritor português que nos parece relacionado aos dois anteriores no que concerne à relação entre a enunciação crítica e o objeto criticado. Dando um passo no sentido do objeto, uma terceira estratégia discursiva em Eça pode ser constatada quando, em muitos casos, o objeto aparece criticado de diversas perspectivas, sem que saibamos exatamente a qual delas o narrador se cola, qual delas seria a perspectiva legitimada por ele. Tal estratégia narrativa deixa o leitor em suspenso, sem saber como julgar as afirmações ou situações apresentadas, obrigando-se a se indagar sobre a matéria ali abordada.
Um bom exemplo disso é o tratamento que o narrador dá em Os Maias ao debate ali travado entre concepções literárias românticas e naturalistas. Ao final, não sabemos o que pensar, pois ambas as posições são desqualificadas no decorrer do debate. Não é por acaso que em sua História da Literatura Portuguesa, Carlos Reis verá em Os Maias a “superação do naturalismo” por parte de Eça. E também não é menos significativo que tal superação não defina uma nova estética. Fica-se depois desse romance sem saber como qualificar a obra queirosiana. Parece que isso se dá pelo aprimoramento dessa estratégia narrativa prismática, que procura alcançar não mais a dita “realidade”, mas sim a lógica que a rege: a lógica do capital.
Carlos Reis, em seu trabalho sobre o Estatuto e perspectivas do narrador na ficção de Eça de Queirós, demonstra como a partir de Os Maias o narrador de Eça passa a assumir aquilo que Gérard Genette chama de “focalização interna”, isto é, apesar de ser um narrador onisciente, passa a narrar colado na consciência da personagem e, portanto, não a ultrapassa, fazendo com que uma narração em terceira pessoa funcione como se fosse em primeira. Isso, em parte, limita a consciência do narrador e, em parte, a torna bastante mutável, já que ora endossará uma opinião, ora outra, a depender da personagem narrada.
Essa desconstrução do narrador é paradigmática da importância desse recurso que chamamos aqui de narrativa prismática, na medida que ele deixa de ser o porto seguro, o ponto de referência do leitor, para ser mais um elemento mutável da narrativa. Tal qual na sociedade de consumo, nada é fixo, tudo é permutável.
cronologia
REPRODUÇÃO | |
1866 Termina o curso de Direito, em Coimbra e segue para Lisboa, ligando-se poucos anos depois ao Cenáculo, grupo liderado por Antero de Quental
1869 Viagem para o Oriente, para fazer uma reportagem sobre a inauguração do Canal de Suez
1872 Viagem para Havana, como cônsul
1876 Publica o seu primeiro romance, O crime do Padre Amaro, na Revista Ocidental. Nesta época, concebe o projeto romanesco “Cenas da vida portuguesa”
1878 Publicação de O primo Basílio, que começara a escrever na Inglaterra em 1874
1888 Publicação de Os Maias
1900 Morre em 16 de agosto, em Neuilly, na França, deixando entre outros inéditos o romance A cidade e as serras
polêmica - Eça X Machado
COL. CTT CORREIOS DE PORTUGAL, 2000/REVISTA CAMÕES Nº9/10 | |
Postal representando Maria Eduarda, de Os Maias, feito por Bartolomel dos Santos, em comemoração ao centenário de morte de Eça. | |
personagem - Primo Basílio Quem já leu O primo Basílio provavelmente concordaria que o nome mais adequado para o romance seria Luísa, já que toda a trama e toda a dramaticidade da narrativa gira em torno dela. Afinal, por que o romance ganhou esse título? Basílio de Brito é um bon vivant, com jeito de dandy, mas também um tanto grosseiro. Luísa, para ele, não passa de uma aventura amorosa. Namoram algum tempo, até que a família dele perde toda a fortuna. Ele vem para o Brasil e, um ano depois, escreve liberando-a do casamento. Luísa conhece Jorge e se casa. Quando Basílio volta, passa a vê-la como uma possível amante. Coisa que de fato acontece. Terminada a aventura amorosa, Juliana, doméstica da casa de Luísa, revela que tem comprometedoras cartas de Basílio endereçadas à patroa. Ao ser chantageada, Luísa pede socorro por cartas ao primo, que a ignora. Como se vê, a protagonista de toda a trama é Luísa, que, no entanto, é preterida no título da obra. Basílio é tão execrável que rouba à protagonista o direito ao título do próprio drama. Não há estratégia literária melhor para dar a medida do lugar acessório que a mulher ocupava na sociedade burguesa lisboeta. (H.G. e J.C.S.)
Cesário Verde - O olhar que inventa
REPRODUÇÃO | |
Retrato do poeta realista Cesário Verde | |
A sua obra causou estranheza na tradição da lírica de Portugal. O que diferençava esse poeta dos românticos e que chegou a chocar até mesmo os simbolistas? Saber que “uma rosa não é mais poética que uma abóbora, nem a palavra ‘rosa’ mais poética que a palavra ‘abóbora’, tudo depende do discurso”, segundo o poeta e ensaísta Alberto Pimenta em A magia que tira os pecados do mundo. A esse respeito, basta lembrar do autobiográfico poema longo “Nós”, que se refere ao “pobre estrume” dos pântanos e à exportação de frutas (atividade em que trabalhou)! Essa conquista certamente não foi muito fácil; não por acaso, esse momento notável da obra de Cesário termina com “E agora, de tal modo a minha vida é dura,/ Tenho momentos maus, tão tristes, tão perversos,/ Que sinto só desdém pela literatura,/ E até desprezo e esqueço meus amados versos!”
De fato, foi preciso esquecer determinada poética para compor esses versos. Ele o fez com uma consciência aguda do discurso, que lhe permitia jogar com elementos aparentemente prosaicos. Tal consciência tornou-o estranho para o seu século. O modernismo vingou-o: Fernando Pessoa, em “Dois Excertos de Odes (Fins de duas odes, naturalmente)” de Álvaro de Campos, escreveu: “E que misterioso o fundo unânime das ruas,/ Das ruas ao cair da noite, ó Cesário Verde, ó Mestre,/ Ó do ‘Sentimento de um Ocidental’!”
Quadros vivos
Esse ver faz de Cesário Verde um poeta realista, a compor quadros tão vivos da vida portuguesa: “Descalças! Nas descargas de carvão,/ Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;/ E apinham-se num bairro aonde miam gatas,/ E o peixe podre gera os focos de infecção!”; “As burguesinhas do Catolicismo/ resvalam pelo chão minado pelos canos;/ E lembram-me, ao chorar doente dos pianos,/ As freiras que os jejuns matavam de histerismo.”, escreve no célebre poema “O Sentimento dum Ocidental”.
O poeta não é um repórter: antes de tudo, tem o olhar que refrata e inventa, e não uma seca objetividade. A intervenção do eu lírico costuma trazer algo de inusitado aos quadros descritos, com um senso de humor que desfaz as expectativas do leitor: “Se ela quisesse amar, no azul do espaço,/ Casando as suas pernas com as minhas,/ Eu desfaria o Sol como desfaço/ As bolas de sabão das criancinhas.” (“Arrojos”). Esse dar a ver, em sua invenção, é tão nítido que poderíamos dizer de Cesário o mesmo que, em “Lúbrica...”, se lê sobre uma “libidinosa”: “Teus olhos imorais,/ Mulher, que me dissecas,/ Teus olhos dizem mais/ que muitas bibliotecas!”. (Pádua Fernandes)
Antero de Quental - O amante da Idéia
MUSEU DO CHIADO, LISBOA | |
Retrato de Antero de Quental feito por Columbano Bordalo Pinheiro, em 1889 | |
Esta paixão do poeta pelas idéias modernas fez com que se tornasse uma liderança natural no seu meio. Foi um dos protagonistas da “Questão Coimbrã”, respondendo ironicamente a António Feliciano de Castilho, que criticara seu livro de poemas, Odes modernas, em 1865. No artigo “Bom senso e bom gosto”, Antero defendeu uma poesia que tinha como missão tratar das grandes transformações históricas e sociais em curso.
O melhor de sua produção poética está reunido em Sonetos, obra de 1886. Nele, encontramos as influências fortes de Camões e Bocage. Reunindo uma produção de vários momentos de sua vida, este livro era uma autobiografia espiritual, ou, como disse Bandeira, “as memórias de uma consciência”. E esta passa pelo amor, pelas crises sentimentais e pelos embates com a “Idéia”, do qual ele dirá: “Outra amante não há! Não há na vida/ Sombra a cobrir melhor nossa cabeça,/ Nem bálsamo mais doce, que adormeça/ Em nós a antiga, secular ferida!” (H.F.M.)
Oliveira Martins - A história como tema
A vida literária de Oliveira Martins (1845-1894) sempre esteve atrelada ao mundo de Antero de Quental, de quem foi grande amigo. Aos 15 anos, logo após a morte do pai, abandonou os estudos e empregou-se no comércio. Porém, mesmo longe da sala de aula, continuou sua formação como autodidata. Influenciado por Herculano e Garrett escreveu o romance histórico Phoebus Moniz. Logo depois, entrou para o “Cenáculo” e, ao lado de Antero e José Fontana, participou na organização do movimento socialista em Portugal. Também dirigiu a importante Revista Ocidental, onde Eça de Queirós publicou a primeira versão de O crime do padre Amaro. Publicou também Biblioteca das Ciências Sociais, que vai desde os Elementos de Antropologia até à História de Portugal. Foi ministro da Fazenda durante a crise econômica de 1892, mas teve de deixar o cargo quatro meses depois. Recolheu-se então para escrever livros de história. A força de sua narrativa está no ritmo e na vivacidade dos episódios relatados, trabalhando com uma sucessão de quadros, onde capta o pitoresco de cada situação e procura dar o retrato psicológico de seus personagens. Foi por causa de seu grande poder de descrição às cenas que acabou, no final da vida, escrevendo várias biografias de heróis da história portuguesa, como Os filhos de D. João I, A vida de Nun’Álvares e o Príncipe perfeito. (H.F.M.) Sphere: Related Content
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Os Maias, pdf
As obras estão em vários idiomas e se encontram para download em formato pdf
- A Divina Comédia -Dante Alighieri
- A Comédia dos Erros -William Shakespeare
- Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
- Dom Casmurro -Machado de Assis
- Cancioneiro -Fernando Pessoa
- Romeu e Julieta -William Shakespeare
- A Cartomante -Machado de Assis
- Mensagem -Fernando Pessoa
- A Carteira -Machado de Assis
- A Megera Domada -William Shakespeare
- A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
- Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
- O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
- Dom Casmurro -Machado de Assis
- Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
- Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
- Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
- A Carta -Pero Vaz de Caminha
- A Igreja do Diabo -Machado de Assis
- Macbeth -William Shakespeare
- Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
- A Tempestade -William Shakespeare
- O pastor amoroso -Fernando Pessoa
- A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
- Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
- A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
- O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
- O Mercador de Veneza -William Shakespeare
- A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
- Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
- Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
- A Mão e a Luva -Machado de Assis
- Arte Poética -Aristóteles
- Conto de Inverno -William Shakespeare
- Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
- Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
- Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
- A Metamorfose -Franz Kafka
- A Cartomante -Machado de Assis
- Rei Lear -William Shakespeare
- A Causa Secreta -Machado de Assis
- Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
- Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
- Júlio César -William Shakespeare
- Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
- Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
- Cancioneiro -Fernando Pessoa
- Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
- A Ela -Machado de Assis
- O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
- Dom Casmurro -Machado de Assis
- A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
- Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
- Adão e Eva -Machado de Assis
- A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
- A Chinela Turca -Machado de Assis
- As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
- Poemas Selecionados -Florbela Espanca
- As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
- Iracema -José de Alencar
- A Mão e a Luva -Machado de Assis
- Ricardo III -William Shakespeare
- O Alienista -Machado de Assis
- Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
- A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
- A Carteira -Machado de Assis
- Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
- Senhora -José de Alencar
- A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
- Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
- A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
- Sonetos -Luís Vaz de Camões
- Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
- Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
- Iracema -José de Alencar
- Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
- Os Maias -José Maria Eça de Queirós
- O Guarani -José de Alencar
- A Mulher de Preto -Machado de Assis
- A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
- A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
- A Pianista -Machado de Assis
- Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
- A Igreja do Diabo -Machado de Assis
- A Herança -Machado de Assis
- A chave -Machado de Assis
- Eu -Augusto dos Anjos
- As Primaveras -Casimiro de Abreu
- A Desejada das Gentes -Machado de Assis
- Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
- Quincas Borba -Machado de Assis
- A Segunda Vida -Machado de Assis
- Os Sertões -Euclides da Cunha
- Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
- O Alienista -Machado de Assis
- Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
- Medida Por Medida -William Shakespeare
- Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
- A Alma do Lázaro -José de Alencar
- A Vida Eterna -Machado de Assis
- A Causa Secreta -Machado de Assis
- 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
- Divina Comedia -Dante Alighieri
- O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
- Coriolano -William Shakespeare
- Astúcias de Marido -Machado de Assis
- Senhora -José de Alencar
- Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
- Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
- A “Não-me-toques”! -Artur Azevedo
- Os Maias -José Maria Eça de Queirós
- Obras Seletas -Rui Barbosa
- A Mão e a Luva -Machado de Assis
- Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
- Aurora sem Dia -Machado de Assis
- Édipo-Rei -Sófocles
- O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
- Pai Contra Mãe -Machado de Assis
- O Cortiço -Aluísio de Azevedo
- Tito Andrônico -William Shakespeare
- Adão e Eva -Machado de Assis
- Os Sertões -Euclides da Cunha
- Esaú e Jacó -Machado de Assis
- Don Quixote -Miguel de Cervantes
- Camões -Joaquim Nabuco
- Antes que Cases -Machado de Assis
- A melhor das noivas -Machado de Assis
- Livro de Mágoas -Florbela Espanca
- O Cortiço -Aluísio de Azevedo
- A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
- Helena -Machado de Assis
- Contos -José Maria Eça de Queirós
- A Sereníssima República -Machado de Assis
- Iliada -Homero
- Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
- A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
- Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
- Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
- Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
- Anedota Pecuniária -Machado de Assis
- A Carne -Júlio Ribeiro
- O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
- Don Quijote -Miguel de Cervantes
- A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
- A Semana -Machado de Assis
- A viúva Sobral -Machado de Assis
- A Princesa de Babilônia -Voltaire
- O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
- Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
- Papéis Avulsos -Machado de Assis
- Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
- Cartas DAmor -José Maria Eça de Queirós
- O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
- Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
- Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
- A Desejada das Gentes -Machado de Assis
- A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
- Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
- Almas Agradecidas -Machado de Assis
- Cartas DAmor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
- Contos Fluminenses -Machado de Assis
- Odisséia -Homero
- Quincas Borba -Machado de Assis
- A Mulher de Preto -Machado de Assis
- Balas de Estalo -Machado de Assis
- A Senhora do Galvão -Machado de Assis
- O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
- A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
- Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
- CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
- Cinco Minutos -José de Alencar
- Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
- Lucíola -José de Alencar
- A Parasita Azul -Machado de Assis
- A Viuvinha -José de Alencar
- Utopia -Thomas Morus
- Missa do Galo -Machado de Assis
- Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
- História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
- Hamlet -William Shakespeare
- A Ama-Seca -Artur Azevedo
- O Espelho -Machado de Assis
- Helena -Machado de Assis
- As Academias de Sião -Machado de Assis
- A Carne -Júlio Ribeiro
- A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
- Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
- Antes da Missa -Machado de Assis
- A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
- A Carta -Pero Vaz de Caminha
- LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
- A mulher Pálida -Machado de Assis
- Americanas -Machado de Assis
- Cândido -Voltaire
- Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
- El Arte de la Guerra -Sun Tzu
- Conto de Escola -Machado de Assis
- Redondilhas -Luís Vaz de Camões
- Iluminuras -Arthur Rimbaud
- Schopenhauer -Thomas Mann
- Carolina -Casimiro de Abreu
- A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
- Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
- Memorial de Aires -Machado de Assis
- Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
- A última receita -Machado de Assis
- 7 Canções -Salomão Rovedo
- Antologia -Antero de Quental
- O Alienista -Machado de Assis
- Outras Poesias -Augusto dos Anjos
- Alma Inquieta -Olavo Bilac
- A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
- A Semana -Machado de Assis
- Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
- A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
- Esaú e Jacó -Machado de Assis
- Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
- História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
- A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
- Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
- Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
- Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
- A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
- Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
- As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
- O LIVRO DELE -Florbela Espanca
- O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
- A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
- Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
- Kamasutra -Mallanâga Vâtsyâyana
- Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
- A Bela Madame Vargas -João do Rio
- Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud
- Cinco Mulheres -Machado de Assis
- A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
- O Cortiço -Aluísio Azevedo
- RELIQUIAE -Florbela Espanca
- Minha formação -Joaquim Nabuco
- A Conselho do Marido -Artur Azevedo
- Auto da Alma -Gil Vicente
- 345 -Artur Azevedo
- O Dicionário -Machado de Assis
- Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto
- A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis
- AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior
- Cinco minutos -José de Alencar
- Lucíola -José de Alencar
- Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo
- A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa
- A Alegria da Revolução -Ken Knab
- O Ateneu -Raul Pompéia
- O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos -Afonso Henriques de Lima Barreto
- Ayres e Vergueiro -Machado de Assis
- A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio
- Noite de Almirante -Machado de Assis
- O Sertanejo -José de Alencar
- A Conquista -Coelho Neto
- Casa Velha -Machado de Assis
- O Enfermeiro -Machado de Assis
- O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde
- Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo
- A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo
- Poemas -Safo
- A Viuvinha -José de Alencar
- Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco
- Contos para Velhos -Olavo Bilac
- Ulysses -James Joyce
- 13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho
- Cícero -Plutarco
- Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
- Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis
- As Religiões no Rio -João do Rio
- Várias Histórias -Machado de Assis
- A Arrábida -Vania Ribas Ulbricht
- Bons Dias -Machado de Assis
- O Elixir da Longa Vida -Honoré de Balzac
- A Capital Federal -Artur Azevedo
- A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
- As Forças Caudinas -Machado de Assis
- Coração, Cabeça e Estômago -Camilo Castelo Branco
- Balas de Estalo -Machado de Assis
- AS VIAGENS -Olavo Bilac
- Antigonas -Sofócles
- A Dívida -Artur Azevedo
- Sermão da Sexagésima -Pe. Antônio Vieira
- Uns Braços -Machado de Assis
- Ubirajara -José de Alencar
- Poética -Aristóteles
- Bom Crioulo -Adolfo Ferreira Caminha
- A Cruz Mutilada -Vania Ribas Ulbricht
- Antes da Rocha Tapéia -Machado de Assis
- Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- Histórias da Meia-Noite -Machado de Assis
- Via-Láctea -Olavo Bilac
- O Mulato -Aluísio de Azevedo
- O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
- Os Escravos -Antônio Frederico de Castro Alves
- A Pata da Gazela -José de Alencar
- BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA -Alcântara Machado
- Vozes dÁfrica -Antônio Frederico de Castro Alves
- Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
- O que é o Casamento? -José de Alencar
- A Harpa do Crente -Vania Ribas Ulbricht
- A Casa Fechada -Roberto Gomes Ribeiro
- As Asas de um Anjo (Comédia) -José de Alencar
- Béatrix -Honoré de Balzac
- Diva -José de Alencar
- A Melhor Amiga -Artur Azevedo
- A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
- CONTOS AVULSOS -Alcântara Machado
- Poemas Humorísticos e Irônicos -João da Cruz e Sousa
- Cantiga de Esponsais -Machado de Assis
- Quincas Borba -Machado de Assis
- Brincar com fogo -Machado de Assis
- Helena -Machado de Assis
- Dentro da noite -João do Rio
- O Livro da Lei -Aleister Crowley
- Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia -José de Santa Rita Durão
- Conto de Escola -Machado de Assis
- Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
- Poemas Malditos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- Ao Entardecer (contos vários) -Visconde de Taunay
- Felicidade pelo Casamento -Machado de Assis
- Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
- Cartas Chilenas -Tomáz Antônio Gonzaga
- O Mulato -Aluísio de Azevedo
- Farsa do Velho da Horta -Gil Vicente
- Amor com Amor se Paga -Joaquim José da França Júnior